D. Ilídio Leandro espera que a iniciativa contribua para a construção de uma Igreja com «a beleza, a alegria e o entusiasmo das origens»
Viseu, 18 mar 2014 (Ecclesia) – O bispo de Viseu abriu os trabalhos da Assembleia Sinodal diocesana com apelos à “humildade e responsabilidade” de todos os participantes, face a uma iniciativa que pretende contribuir para a renovação da Igreja Católica local.
Em declarações reproduzidas pela página da diocese na internet, D. Ilídio Leandro sublinhou que os próximos dois anos, período em que vai decorrer o Sínodo, vão ser “os mais importantes” da história da comunidade católica viseense.
Fomentar a comunhão e a corresponsabilidade entre as pessoas e renovar as estruturas pastorais, para que elas sejam capazes de responder a desafios como a crise económica, o envelhecimento das comunidades, a desertificação territorial e a escassez de vocações sacerdotais, são alguns dos principais objetivos.
Para o prelado, é essencial que esta Assembleia Sinodal contribua para a construção de uma “Igreja nova”, que retome “a beleza, a alegria e o entusiasmo das origens, ao ritmo da Palavra e do amor de Jesus Cristo, uma Igreja com as pessoas e para as pessoas”.
Aos 10 grupos sinodais, que vão ser responsáveis pela elaboração de propostas para levar a plenário no dia 29 de março, D. Ilídio Leandro apontou a necessidade de “remar contra a maré da indiferença e da preguiça”.
“Ainda que as conclusões e propostas não pareçam muitas nem muito práticas nem as melhores”, elas só surgirão com “unidade e comunhão, vontade, empenhamento e sabedoria”, alertou.
No que toca à temática específica das vocações, o bispo pretende uma Igreja que “perante as dificuldades não se feche nem lamente” mas antes seja capaz de mobilizar “todos – sacerdotes, religiosos e leigos” para “a urgência” desta missão e para a “alegria” que pode brotar “de uma resposta concreta”.
A caminhada sinodal da Diocese de Viseu começou em 2010 – a Assembleia é constituída por presbíteros, diáconos, religiosos e leigos escolhidos de acordo com o Código de Direito Canónico, com a Instrução sobre os Sínodos Diocesanos e com o Regulamento do Sínodo.
O Sínodo realiza-se por convocação do bispo, depois de ouvido o Conselho Presbiteral sendo depois as assembleias sinodais presididas pelo bispo ou por um dos seus vigários, devendo ser espelho da estreita unidade que deve existir e crescer entre todos os sinodais, refletindo a unidade da Igreja diocesana.
A última Assembleia Sinodal na região teve lugar em setembro de 1748, e foi convocada por D. Júlio Francisco Oliveira.
GIDV/JCP