Bispo de Coimbra no Dia da Universidade

D. Virgílio Antunes disse que as universidades são o lugar de «amadurecimento cultural»

Coimbra, 03 mar 2014 (Ecclesia) – D. Virgílio Antunes pediu à Universidade de Coimbra que promova um “amadurecimento cultural” capaz de contrariar “assimetrias, divisões, atentados à liberdade e ao respeito pelo ser humano” e conduza à “justiça e à paz”.

“Possa a Universidade de Coimbra com a sua longa e gloriosa história enraizada nos ideais humanistas de matriz judeo-cristã ser parte privilegiada neste caminho de construção da cidade dos homens, promovendo em todas as suas instâncias a purificação e amadurecimento culturais que conduzam à justiça e à paz”, referiu na homilia da missa do Dia da Universidade de Coimbra.

Na capela de São Miguel, este sábado, o bispo de Coimbra disse que as universidades são os “principais agentes” da “purificação e amadurecimento cultural” enquanto lugares de “conhecimento e de cultura, autêntico protagonista do desenvolvimento civilizacional”

“A história do passado, mas também a história recente tem sido prolixa em projetos de investigação e conhecimento, em programas de construção e desenvolvimento que carecem de respeito por Deus e que não servem o bem do homem”, recordou D. Virgílio Antunes, acrescentando que “a cidade dos homens continua ainda hoje muito longe de garantir a todos o respeito pela sua condição de pessoa, pela sua liberdade e pela sua dignidade”

Para o bispo de Coimbra, há “muitos interesses particulares” que “colidem com o bem comum”, “direitos individuais” que “embatem contra os direitos de todos” e “acesso aos bens materiais e espirituais por parte de alguns, que contrasta com a pobreza geral da maior parte”.

D. Virgílio Antunes pediu à universidade que desenvolva o conhecimento capaz de construir a “cidade dos homens caraterizada pelo amor e pela paz, nos objetivos e nas realizações” e de “edificar um mundo unido e justo, onde as pessoas se compreendam e se respeitem”, onde “se viva e se trabalhe dando a primazia absoluta ao sentido dos outros”.

“Edificar sem respeito pelo que há de mais sagrado, Deus e o homem, perverte o sentido original da construção e torna-se pernicioso”, advertiu na missa que assinalou o Dia da Universidade Coimbra.

PR

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