Critério atual «por vezes não é suficientemente transparente», aponta o cardeal George Pell
Cidade do Vaticano, 26 fev 2014 (Ecclesia) – O prefeito da nova Secretaria para a Economia do Vaticano, criada pelo Papa Francisco, sublinhou a necessidade de uma gestão mais cuidada dos recursos financeiros da Igreja Católica.
Em declarações divulgadas pelo serviço informativo da Santa Sé, o cardeal George Pell realça que quanto “melhor” fora a gestão dos bens económicos do Vaticano, mais esses fundos poderão “sustentar as boas obras da Igreja, em particular as obras a favor dos pobres e desfavorecidos”.
Depois de 12 anos à frente da Arquidiocese de Sydney, o prelado australiano foi escolhido pelo Papa Francisco para liderar um organismo que coordenará “todas as atividades económicas e administrativas do Vaticano”.
Segundo o cardeal George Pell, a Secretaria para a Economia vai ocupar-se da gestão “dos fluxos financeiros de cada dicastério” a funcionar na Santa Sé, apoiado em princípios como a “revisão” e “redução” de custos.
De três em três meses será feita “uma verificação” das “entradas e saídas” de verbas, de modo a “reformar os balanços de cada dicastério”, explicou ainda aquele responsável.
Para o prelado australiano, é preciso uniformizar procedimentos e mudar o critério de gestão nos diferentes ministérios da Santa Sé, já que o atual “por vezes não é suficientemente transparente”.
Ao mesmo tempo, o trabalho da Secretaria para a Economia vai passar pela “desburocratização” dos processos financeiros.
O novo organismo vai trabalhar em parceria com um Conselho para a Economia, também criado pelo Papa Francisco, composto por 15 membros: oito “cardeais ou bispos”, para refletir a “universalidade da Igreja”, e sete “peritos leigos de várias nacionalidades”.
Para o cardeal George Pell, a Igreja Católica “deve estar sempre aberta à consultoria de especialistas” e atenta à “possibilidade de melhorar” a sua gestão financeira.
News.va/ JCP