Cidade do Vaticano, 21 fev 2014 (Ecclesia) – O Papa enviou uma carta ao prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, a propósito dos 50 anos da constituição conciliar ‘Sacrossanctum Concilium’, considerando que há ainda muito a fazer no campo litúrgico.
Na mensagem ao cardeal Antonio Cañizares Llovera, por ocasião de um simpósio internacional que se realizou na Universidade Lateranense, entre terça e quinta-feira, Francisco escreve que “ainda permanece muito a fazer para uma correta e completa assimilação da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, por parte dos batizados e das comunidades eclesiais”.
O Papa refere-se de modo particular, “ao empenho de uma iniciação e formação litúrgica sólidas e orgânicas, tanto dos fiéis leigos, quanto do clero e das pessoas consagrada”.
Francisco considera que os 50 anos da promulgação da Constituição ‘Sacrossanctum Concilium’ são uma data “importante” porque geram “sentimentos de gratidão pela profunda e difundida renovação da vida litúrgica, que se tornou possível graças ao magistério conciliar, pela glória de Deus e a edificação da Igreja”.
“Ao mesmo tempo, este evento impele a relançar o compromisso com este ensinamento, para que seja acolhido e atuado de maneira cada vez mais plena”, acrescenta.
A Constituição ‘Sacrossanctum Concilium’ e os posteriores desenvolvimentos no magistério da Igreja “fizeram compreender mais a liturgia à luz da revelação divina”, revelando-se assim “Cristo como verdadeiro protagonista de cada celebração, associando a si a Igreja”, prossegue o Papa.
Celebrar o verdadeiro culto espiritual quer dizer “oferecer a si mesmo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” porque “uma liturgia separada do culto espiritual corre o risco de cair no vazio e perder a sua originalidade cristã”, conclui o Papa Francisco.
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