Lisboa, 22 fev 2014 (Ecclesia) – A Fundação João Paulo II para o Sahel celebra hoje o seu 30.º aniversário, comemorado no mesmo ano em que o Papa polaco é canonizado.
A 32ª sessão ordinária do conselho de administração da fundação da Santa Sé esteve reunida de 27 de janeiro a 3 de fevereiro, no Mosteiro de Keur Moussa, Senegal.
O representante da Igreja Católica na Guiné-Bissau nesta reunião foi o bispo de Bafatá, Dom Pedro Zilli, que em entrevista à Rádio Vaticano conta que “nas reuniões os outros bispos brincam dizendo que a Guiné-Bissau não é deserto”.
“A verdade é que temos de lutar sempre para que não se torne um deserto”, acrescenta.
Além dos bispos dos 9 países membros da fundação marcaram ainda presença na reunião o secretário do Conselho Pontifício ‘Cor Unum’ (Santa Sé), o conselheiro permanente para a África na Conferência Episcopal Alemã, técnicos consultores e membros do secretariado da fundação.
“Infelizmente o deserto continua a avançar, as pessoas cortam mato de uma maneira indiscriminada e o desenvolvimento sustentável não é fácil e mesmo a Guiné Bissau já não tem a exuberância florestal que tinha noutros tempos”, alerta o bispo de Bafatá.
Instituída a 22 de fevereiro de 1984, a fundação nasceu para ajudar as populações do Burkina Fasso, Níger, Mali, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Mauritânia, Senegal, Gâmbia e Chade.
O organismo tem por objetivo formar animadores, agentes sanitários, hidráulicos, talentos civis, mecânicos, agricultores, criadores de gado e silvicultores.
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