Vaticano: Papa exige a bispos que promovam «transparência» financeira

Francisco recebeu membros da Conferência Episcopal da República Checa no dia dos Santos Cirilo e Metódio, apóstolos dos eslavos

Cidade do Vaticano, 14 fev 2014 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano os membros da Conferência Episcopal da República Checa, junto dos quais defendeu a necessidade de “transparência” na administração dos bens da Igreja.

“É preciso vigiar atentamente para que os bens eclesiásticos sejam administrados com prudência e transparência, sejam tutelados e preservados, também com a ajuda de leigos de confiança e competentes”, refere o discurso que foi entregue por Francisco aos bispos, em visita à Santa Sé.

O Papa apelou ao desenvolvimento de um sistema que “tenha em conta que os meios materiais se destinam exclusivamente à missão espiritual da Igreja” e garanta “o necessário a cada realidade eclesial e a liberdade para a atividade pastoral”.

Francisco insistiu na importância de uma “sinergia entre clero, religiosos e fiéis leigos” para enfrentar “os desafios contemporâneos e as novas urgências pastorais”.

“É necessário, ao lado de um anúncio incansável dos valores evangélicos, um diálogo construtivo com todos, mesmo com os que estão longe de qualquer sentimento religioso”, acrescentou.

A audiência aconteceu no dia em que a Igreja Católica celebra a festa litúrgica dos Santos Cirilo e Metódio, copadroeiros da Europa e apóstolos dos eslavos, e Francisco elogiou as “raízes cristãs” do povo checo.

Neste contexto, o Papa evocou o “longo período” em que a Igreja na República Checa e na antiga Checoslováquia foi “oprimida por regimes fundados sobre ideologias contrárias à dignidade e à liberdade humanas”.

“Hoje tendes de vos confrontar com outras insídias, como por exemplo o secularismo e o relativismo”, acrescentou.

Francisco sustentou que é preciso valorizar a presença dos católicos na vida pública, incluindo nos meios de comunicação, para que se “faça sentir uma voz de verdade sobre os problemas do momento”.

“Que as comunidades cristãs sejam sempre lugares de acolhimento, de confronto aberto e pacato; que sejam obreiras de reconciliação e de paz, estímulo para toda a sociedade na prossecução do bem comum e na atenção aos mais necessitados; que sejam artesãs da cultura do encontro”, assinalou.

OC

 

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