Participantes do simpósio sobre Missionação alertam para o pluralismo da sociedade Como o tempo actual é caracterizado pela “globalização e por um movimento migratório que provoca uma grande diversidade interactiva de culturas, religiões e situações sociais”, a missão do nosso tempo “terá de ter em conta esta pluralidade” – concluíram os participantes do Simpósio sobre a Missionação, realizado dias 3 e 4 de Junho, em Lisboa. “Diálogo, Testemunho e Profecia. Para uma missão ad gentes no terceiro milénio” foi o tema que presidiu aos trabalhos e contou com cerca de duas centenas de participantes. Nesta actividade conclui-se também que a história é “a agenda da missão”. Só num diálogo com a história é que se descobre os “caminhos da evangelização”. Assim, cada época e cada situação histórica “configuram o modelo de missão que melhor corresponde aos apelos do seu tempo”. A polivalência do conceito de missão é umas “das causas do afrouxamento do compromisso missionário” – sublinham as conclusões, no capítulo das linhas de força. Por isso, é importante “esclarecer, precisar e clarificar o conceito específico de missão ad gentes no contexto mais alargado da evangelização e da nova evangelização”. A missionação da China é um “exemplo paradigmático da necessidade da missão se integrar na realidade local e de dialogar com a cultura de acolhimento”. A inculturação é um “desafio para a evangelização” porque “«a Igreja deve inserir-se em todos os agrupamentos humanos, impelida pelo mesmo movimento que levou o próprio Cristo na incarnação a sujeitar-se às condições sociais e culturais dos homens com quem conviveu.»” – sublinha o documento final. Ao nível dos desafios e apelos, ficou explícito que este Simpósio insere-se no “contexto de preparação para o Congresso Missionário de 2006, que pretende ser um marco na renovação missionária da Igreja portuguesa”. Para que os frutos possam aparecer sublinhou-se a necessidade de “motivar e mobilizar os responsáveis diocesanos e os leigos para a preparação e vivência deste Congresso”. E adianta: “ o novo dinamismo da missão depende dos leigos, que têm um espaço próprio e único neste processo de revitalização missionária. Notícias relacionadas •Simpósio sobre a Missionação
