Papa recebeu em audiência um grupo de estudantes e professores japoneses a quem instigou ao contacto com diferentes culturas e religiões
Cidade do Vaticano, 22 de ago 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou que o diálogo é o instrumento que constrói a paz e que as guerras e problemas que o mundo conhece, “existem porque não existe diálogo”.
“Não existe paz sem diálogo. Todas as guerras, todas as lutas, todos os problemas que não se resolvem com os quais nos deparamos, existem porque não há diálogo”, afirmou o Papa a um grupo de estudantes e professores do colégio Seibu Gakuen Bunri, de Saitama, Tóquio, no Japão, que recebeu esta quarta-feira no átrio do Palácio Apostólico, no Vaticano.
Francisco acolheu os presentes com palavras que fomentam o encontro entre diferentes culturas, pessoas e religiões.
“Se nós estamos isolados em nós mesmos, temo-nos apenas a nós, e não podemos crescer culturalmente; se, ao contrário, vamos ao encontro de outras pessoas, de outras culturas, de outras formas de pensar, outras religiões, saímos de nós mesmos e começamos aquela bela aventura que se chama «diálogo» ”.
Segundo Francisco o diálogo marca a própria “maturidade”, porque é no confronto com o diferente “que uma pessoa cresce e amadurece”.
O Papa pediu “brandura” ao grupo de estudantes e professores no caminho de encontro ao outro.
“A brandura, a capacidade de descobrir a pessoa, descobrir a cultura, com paz”, referiu, sublinhando que “mesmo que não se chegue a acordo nas diferentes formas de pensar”, a capacidade de ir ao encontro “de sentir o outro”, fará a diferença, afirmou Francisco que falou em italiano e contou com a ajuda de um tradutor japonês.
O Papa foi ainda saudado por uma criança que teve ocasião de assinalar a “felicidade pelo encontro” e por “escutar as palavras do Papa”.
“A partir de agora vamos por em prática na nossa vida o que ouvimos dizer”, disse a criança, agradecendo também “o precioso tempo” que o Papa concedeu aos estudantes japoneses.
LS