Fátima: «Modelo de sociedade e de mundo está esgotado», diz bispo

D. António Marto encerrou Simpósio Teológico-Pastoral promovido pelo Santuário defendendo a necessidade de uma «pastoral da esperança»

Fátima, Santarém, 24 jun 2013 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, desafiou este domingo no Santuário os católicos a serem promotores de “um mundo melhor” apoiado na “esperança” que é Jesus Cristo.

Segundo o gabinete de imprensa do local de culto mariano, numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o prelado sublinhou que o atual “modelo de sociedade e de mundo está esgotado” e que cabe às comunidades cristãs mostrarem que é possível viver uma “vida em plenitude”, que existem alternativas.

D. António Marto pediu aos fiéis para “darem testemunho” da “salvação” que vem de Cristo, “a começar em casa e na família”.

O bispo reforçou esta mensagem no final do Simpósio Teológico-Pastoral que o Santuário de Fátima promoveu, integrado na preparação para a celebração do Centenário das Aparições (1917-2017) de Nossa Senhora na Cova da Iria.

Na sua intervenção, o também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa salientou que as palavras de conforto e motivação que Maria deixou aos três pastorinhos são “as mesmas que ela dirige” hoje a todas as pessoas, para mostrar que “Deus não abandona” a sociedade nem a Igreja, “no meio das tempestades do mundo”.

“Faço votos que este simpósio tenha ajudado a tornar o nosso Santuário de Fátima um lugar e uma fonte de esperança e que possa ajudar a desenvolver uma pastoral da esperança”, acrescentou D. António Marto.

Com o tema “Não tenhais medo. Confiança – Esperança – Estilo Crente”, o Simpósio Teológico-Pastoral reuniu no Centro Pastoral Paulo VI cerca de 350 pessoas e também mereceu transmissão em direto através da internet.

O bispo de Coimbra e antigo reitor do Santuário de Fátima, D. Virgílio Antunes, foi um dos oradores da iniciativa que arrancou na última sexta-feira.

Para aquele responsável católico, Fátima afirmou-se desde 1917 como ponte “para Deus caminho da humanidade e como uma mensagem de alcance universal”.

“Apesar de ser uma revelação privada, aponta para a centralidade da mensagem evangélica e, portanto, é portadora de um dinamismo intemporal, pois foca, por um lado, Deus e a fé cristã e, por outro, o Homem e a sua salvação no tempo e na eternidade”, sustentou.

Por outro lado, mais do que um ponto de peregrinação e encontro para católicos de todo o mundo, o Santuário é também “lugar de passagem para muitos buscadores de Deus, pessoas que se interrogam acerca da vida, do princípio e do fim, do sofrimento e da morte, que ainda não chegaram ao conhecimento da fé”, concluiu.

JCP

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Agência ECCLESIA

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