Papa Francisco: Homilia da missa de início de pontificado foi «declaração profética», diz superior dos Franciscanos

Homilia incluiu palavra «estimuladora» aos «crentes» e «a todas as pessoas de boa vontade», considera padre Vítor Melícias

Lisboa, 19 mar 2013 (Ecclesia) – A homilia que o Papa Francisco proferiu hoje no Vaticano, na missa que marca o início do pontificado, foi uma “declaração profética”, considera o padre Vítor Melícias, superior em Portugal da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos).

A intervenção, perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, constituiu “uma declaração profética de alguém que pela palavra e, sobretudo, pela ação”, deseja que todos os seres humanos, de acordo com as suas responsabilidades profissionais e políticas, sejam construtores “da grande fraternidade”, afirmou à Agência ECCLESIA.

O Papa, autor do livro ‘O verdadeiro poder é o serviço’, apresentou-se com uma pessoa que se propõe construir “a paz e o bem”, dirigindo uma palavra “estimuladora” aos “crentes” e “a todas as pessoas de boa vontade”, sublinhou o religioso.

No entender do provincial a escolha do nome pontifício, inspirada no fundador dos Franciscanos, São Francisco de Assis (c. 1181-1226), é sinal de um Papa “que se preocupa com os pobres para construir a paz universal entre todos os povos” e a “natureza”.

“Devemos cuidar dos outros, da família e, em primeiro lugar, dos mais pobres, de quem tem fome, frio e sede, de quem que está prisioneiro ou sem saúde”, bem como de toda “a família cósmica que é a criação”, salientou.

O padre Vítor Melícias afirmou que sentiu um “um grande conforto” ao ouvir a homilia da missa para o início do ministério petrino do bispo de Roma, celebração que decorreu no Dia do Pai, data em que a Igreja Católica evoca São José, pai adotivo de Jesus.

O superior considera que “o primeiro de todos os desafios” do pontificado de Francisco é assumir-se um irmão entre irmãos”.

O novo Papa é chamado a orientar a Igreja “como um povo que não está a olhar para trás, para fórmulas, rituais e doutrinas”, mas que caminha voltado para a frente”, não isoladamente mas “com toda a humanidade”, aprofundando um “diálogo humilde e que não é feito de cima para baixo”, apontou.

RJM

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Agência ECCLESIA

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