Portugal: Bispo de Bragança-Miranda considera Papa argentino uma «surpresa agradável»

D. José Cordeiro destaca legado de Bento XVI e espera que Francisco consiga dar «o seu próprio cunho» à missão da Igreja

Santarém, 14 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Bragança-Miranda encara a eleição do Papa Francisco como uma “surpresa agradável”, sobretudo por marcar o início do primeiro pontificado saído da América Latina.

Em declarações concedidas à Agência ECCLESIA, à margem da celebração das bodas de prata episcopais de D. Manuel Pelino, em Santarém, D. José Cordeiro sustentou que o facto do sucessor de Bento XVI vir de “fora da Europa e da Cúria” constitui um “sinal indicador” de um novo rumo para a Igreja Católica.

“É a surpresa do Espirito que sopra onde, quando e como quer, que ultrapassa todas as espectativas, estatísticas e previsões, e é essa a ação do Espirito Santo na Igreja sempre em constante renovação”, sustentou o prelado.

O bispo de Bragança-Miranda destaca também a particularidade do arcebispo argentino D. Jorge Mario Bergoglio ter escolhido o nome do Santo de Assis (1181-1226), o que abre também um “horizonte de esperança, de paz e de bem” para todas as comunidades católicas.

Quanto ao papel que o Papa Francisco poderá ter no futuro, D. José Cordeiro espera alguém que consiga dar “o seu próprio cunho” à missão da Igreja, sem no entanto esquecer o “legado” deixado pelos antecessores.

Referindo-se ao caso específico de Bento XVI, que abdicou em fevereiro do seu pontificado, o prelado entende que o Papa alemão fez um trabalho “luminoso”, enquanto “homem de Deus, que estabeleceu um diálogo com o mundo e propôs o essencial, a alegria da fé”.

O cardeal argentino Jorge Maria Bergoglio, de 76 anos, foi eleito esta quarta-feira como o novo Papa da Igreja Católica, sucedendo a Bento XVI que resignou em fevereiro ao seu pontificado.

A escolha, feita em Conclave constituído por 115 cardeais de diversos países, contou com a participação de dois representantes portugueses, D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, e D. Manuel Monteiro de Castro, atual penitenciário-mor da Santa Sé.

PTE/JCP

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Agência ECCLESIA

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