Fátima, Santarém, 20 fev 2013 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima afirmou hoje que a beatificação de Francisco e Jacinta Marto não se deveu aos seus encontros com a Virgem Maria mas porque mudaram de vida a partir de então.
“Não foram beatificados por terem visto Nossa Senhora: a Igreja proclamou-os beatos porque, depois das aparições, transformaram as suas vidas, orientando-a totalmente para Deus”, sublinhou o padre Carlos Cabecinhas em Fátima, refere uma nota de imprensa do Santuário enviada à Agência ECCLESIA.
Os beatos, que testemunharam as aparições marianas ocorridas entre maio e outubro de 1917 na Cova da Iria, “não fizeram atos extraordinários” mas “viveram radicalmente centrados em Deus na sua condição de crianças”, explicou na homilia da missa celebrada no dia em que a Igreja Católica assinala a memória das duas crianças.
O sacerdote salientou que o exemplo de Francisco e Jacinta deve “desafiar vivamente” os cristãos a viverem a Quaresma “como tempo de mais intensa oração, escuta mais frequente da Palavra de Deus, penitência e amor ao próximo”.
Os túmulos de Jacinta e Francisco, que morreram com 9 e 10 anos, respetivamente, e foram beatificados pelo Papa João Paulo II no ano 2000, bem como da terceira vidente, Lúcia de Jesus, a única a sobreviver à infância, encontram-se na basílica mais antiga do santuário localizado na Diocese de Leiria-Fátima.
A Quaresma, que decorre entre Quarta-feira de Cinzas e Quinta-feira Santa, é um período de 40 dias em que os católicos são chamados a práticas penitenciais de jejum, oração e esmola para preparar a Páscoa, a festa mais importante do calendário cristão, que assinala a ressurreição de Jesus.
RJM