Quase um quarto dos eleitores do futuro Papa são transalpinos
Cidade do Vaticano, 18 fev 2013 (Ecclesia) – O Conclave que vai eleger o próximo Papa, após a renúncia de Bento XVI, vai ter uma forte presença italiana e europeia, reforçada nos cinco consistórios do atual pontificado.
Joseph Ratzinger criou 67 dos 117 cardeais com direito a voto no dia 1 de março, quando se inicia a ‘Sé vacante’: desses novos cardeais, 20 são italianos em 36 europeus; os restantes são oriundos da América do Norte (10), América Latina (8), Ásia (7) e África (6).
No total, a Itália vai contar com 28 cardeais eleitores no próximo Conclave, uma percentagem de 23,9% que representa um aumento de mais de seis pontos percentuais face à eleição de 2005 (17,3%).
A Europa tinha 50,4% dos cardeais que elegeram Bento XVI, percentagem que sobe agora para os 52%, com a presença de 61 eleitores, incluindo dois portugueses: D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, e D. José Policarpo, patriarca de Lisboa,
Ainda sem data definida para o próximo conclave, o grupo de 117 cardeais com menos direito a voto no dia 1 de março está assim distribuído geograficamente: Europa – 61; América Latina – 19 e América do Norte – 14; África -11; Ásia – 11; Oceânia – 1.
Os países mais representados são a Itália (28), Estados Unidos da América (11), Alemanha (6), Brasil, Espanha e Índia (5 cada), com mais de metade do total de eleitores.
Em 2005, os 115 que entraram na Capela Sistina provinham também dos cinco continentes: Europa – 58; América Latina – 20 e América do Norte – 14; África -11; Ásia – 11; Oceânia – 1.
O último Papa não-europeu foi São Gregório III, da Síria, que liderou a Igreja Católica entre 731 e 742.
254 dos 265 Papas, na sua maioria italianos (212), foram europeus – incluindo o português João XXII, eleito em setembro de 1276 e falecido em maio do ano seguinte.
Fora da Europa, além do Médio Oriente, com 8 Papas, apenas três bispos africanos, na altura em território do Império Romano, ocuparam a sede de Roma.
Bento XVI apresentou a sua renúncia ao pontificado no último dia 11, com efeito a partir de 28 de fevereiro, abrindo caminho à eleição de um novo Papa.
OC
