D. José Policarpo fala em «escolha decisiva»
Lisboa, 13 fev 2013 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa considera que a renúncia apresentada por Bento XVI na segunda-feira e a escolha de um sucessor para o Papa vão reforçar a importância deste tempo quaresmal.
Na homilia da Missa de Quarta-Feira de Cinzas, a que presidiu na Sé de Lisboa, D. José Policarpo realçou que uma comunidade católica “em oração merecerá melhor a assistência do Espírito Santo nesta escolha tão decisiva para a vida da Igreja e para a sua missão na complexidade do mundo contemporâneo”.
“Pela primeira vez desde há muitos séculos, o Papa renunciou, mas não morreu, continua entre nós, dedicado à oração pela Igreja e pelo mundo”, destacou o cardeal-patriarca, encorajando os fiéis a viverem a caminhada para a Páscoa “guiados pelo magistério” de Bento XVI, “aprofundando a peregrinação da fé” em paralelo com a “caridade”.
Para o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, “se a fé não for um ato de amor, expressão da caridade”, como indica o Evangelho, será “vulnerável às fragilidades escolhas humanas”.
Assim, “o grande desafio” que D. José Policarpo deixa aos católicos durante os próximos 40 dias, para além da fidelidade à oração em comunhão com toda a Igreja, passa por “uma nova verdade na escuta da Palavra”.
O cardeal-patriarca concluiu a sua intervenção reforçando a necessidade de uma Quaresma “feita em Igreja” e em “oração”, tendo por base “o grande orante, Bento XVI”, e de uma comunidade virada para a “conversão, para o louvor de Deus e para o amor dos irmãos”.
JCP