Os Bispos de Angola mostram-se preocupados com a perseguição que os meios de comunicação estatais parecem estar a fazer à Igreja Católica do país. Segundo D. Zacarias Kamuenho, Arcebispo do Lubango e Presidente da CEAST, “não deixa de ser preocupante para nós, Bispos de Angola, certa insinuação de limpeza étnica que um órgão oficioso do Estado veicula de vez em quando, mesmo num clima que se acredita ser de reconstrução de mentalidades, portanto, de reconciliação. Asseguramos a todos os fiéis e a todos os nossos compatriotas que não estamos amedrontados, antes pelo contrário, continuaremos a exercer o ministério da reconciliação, continuaremos a pregar oportuna e inoportunamente o Evangelho da paz, continuaremos atentos aos problemas sociais do nosso país. Continuaremos a oferecer, em atitude de subsidiaridade, o que somos e o que temos de melhor: as obras que provêm da nossa fé” D. Kamuenho discursava na sessão de abertura da primeira assembleia ordinária deste ano da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé (CEAST), que decorreu no dia 19 de Março. Na ocasião, o Arcebispo do Lubango disse que a Igreja está preocupada com a iminência da guerra no Iraque, que considera como uma derrota da humanidade. A este propósito, congratulou-se com a posição do parlamento na sessão sobre a posição do Governo face à crise do Iraque, manifestou de forma inequívoca a oposição a este conflito.
