Vaticano: Bento XVI lembra cubanos que sofrem pela «limitação da liberdade»

Papa passou em revista principais momentos da sua viagem à ilha e ao México

Cidade do Vaticano, 04 abr 2012 (Ecclesia) – Bento XVI lembrou hoje no Vaticano os que “sofrem pela limitação da liberdade” em Cuba, ao recordar os principais momentos da sua viagem a esta ilha e ao México, realizada entre 22 e 28 de março.

Perante milhares de pessoas, reunidas na Praça de São Pedro para a audiência geral desta semana, o Papa disse trazer “no coração” as “preocupações e aspirações de todos os cubanos”.

“Pedi aos católicos [de Cuba] que dessem novo vigor à sua fé, contribuindo para a construção de uma sociedade renovada e aberta, onde haja cada vez mais espaço para Deus”, afirmou, em português, sublinhando a importância da liberdade religiosa.

O Papa, que se encontrou em Havana com o presidente Raúl Castro e o seu irmão Fidel, histórico líder cubano, quis “evidenciar as boas relações existentes” entre Cuba e a Santa Sé, sem deixar de repetir a necessidade de “prosseguir no caminho de uma cada vez mais plena liberdade religiosa”.

“A Igreja insiste na possibilidade de levar, a todos os âmbitos da sociedade, a mensagem de esperança e paz que o Evangelho encerra”, prosseguiu.

[[v,d,3013,]]Em relação ao México, Bento XVI disse ter apelado ao “reconhecimento e à tutela dos direitos fundamentais da pessoa”, entre os quais a liberdade religiosa, e levado a sua solidariedade “a quantos sofrem por causa das chagas sociais, de antigos e novos conflitos, da corrupção e da violência”.

Falando em “dias inesquecíveis”, o Papa elogiou a “grande multidão” que lhe ofereceu um “acolhimento extraordinário e festivo”.

“Pude identificar a esperança tenaz dos cristãos mexicanos, apesar dos momentos de violência, que não deixei de deplorar”, precisou.

As comunidades católicas, declarou Bento XVI, devem crescer “na alegria de ser cristãos e pertencer à Igreja” para poder “servir Cristo nas situações difíceis e no sofrimento”.

“A sua alegria inesgotável, manifestada com ruidosos cânticos e músicas, bem como os seus olhares e os seus gestos, exprimiam o forte desejo de todos os jovens do México, da América Latina e das Caraíbas de poderem viver em paz, em serenidade e harmonia, numa sociedade mais justa e reconciliada”, concluiu.

A visita papal ao México e Cuba foi a 23ª viagem ao estrangeiro no atual pontificado, iniciado em 2005, a segunda à América Latina (depois do Brasil, em 2007) e a primeira a nações de língua hispânica, nesta região.

João Paulo II (1920-2005) visitou o México em cinco ocasiões e foi o primeiro Papa a viajar a Cuba, em 1998.

OC

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