«No espaço da rua e dos clientes, elas são rivais, e aqui têm de ser companheiras», salienta a irmã Maria dos Angeles Zabalza
Lisboa, 14 mar 2012 (Ecclesia) – Quatro religiosas ligadas à Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, em Lisboa, consagraram a sua vida ao acompanhamento e conversão de mulheres que caíram na prostituição e na droga.
Em entrevista ao programa Ecclesia, que poderá ser acompanhada hoje na Antena 1 (22h45), a irmã Maria dos Angeles Zabalza realça que aquelas pessoas podem estar exteriormente marcadas pela dependência e pelo sofrimento, mas interiormente são “preciosas” aos olhos de Deus.
As religiosas pretendem que as mulheres encarem a Quaresma como um “tempo privilegiado de oração” e “confrontação”, mas para isso é preciso estar aberto a fazer comunidade.
“No espaço da rua e dos clientes, elas são rivais, e aqui têm de ser colegas, companheiras, é essa a Quaresma que praticamos com elas”, salienta Maria dos Angeles Zabalza.
Para que a recuperação possa ser uma realidade, são necessárias pelo menos duas condições, realça a missionária: primeiro é preciso “trabalhar com a pessoa que está lá dentro”, favorecendo a “escuta da palavra” e os “momentos de silêncio”.
Depois, é tempo de “comunicar, contagiar”, porque senão a mensagem de Cristo não é transmitida.
O programa da Igreja Católica na Antena 1, emitido de segunda a sexta-feira às 22h45 e aos domingos às 06h00, está a apresentar um conjunto de testemunhos relacionados com a caminhada quaresmal, envolvendo figuras ligadas à cultura, educação, música e religião.
A Quaresma, que começou com a celebração de Cinzas, é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que servem de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano celebrada a 8 de abril.
PRE/JCP