Porto, 24 fev 2012 (Ecclesia) – O bispo do Porto abriu esta quinta-feira a 13ª edição das “Correntes D’Escritas”, um encontro anual de escritores na Póvoa do Varzim, destacando a versatilidade do “ser português” como motivo de esperança em tempos de crise.
“Recortado pela espada dum rei meio-borgonhês, expandido pela visão dum príncipe meio-inglês, regenerado de oitocentos para novecentos por vagas meio-francesas, Portugal culturalmente é uma teima, como geograficamente é uma praia, feita cais para partir e chegar, chegar e partir”, sublinhou D. Manuel Clemente.
Numa internvenção enviada à Agência ECCLESIA, o prelado realçou o sucesso dos portugueses “lá fora, em especial pela capacidade de improvisar e resolver problemas inesperados”, alertando no entanto para a necessidade de não “descuidar a viabilidade interna” das “novas gerações”.
Tal como há décadas atrás, o povo lusitano está a ser desafiado a viver entre o “desenrascanço” e a “saudade”, mas “é possível que entre estas duas originalidades, tão prática uma, tão poética a outra”, ele “vá singrando”, concluiu aquele responsável.
JCP