Migrações: Igreja Católica celebra Dia Mundial abordando desafios éticos e espirituais

Mensagem de Bento XVI deixa alerta para consequências da «secularização»

Lisboa, 14 jan 2012 (Ecclesia) – A Igreja Católica vai celebrar este domingo o 98.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, que Bento XVI dedica este ano ao tema da nova evangelização e às problemáticas associadas aos fenómenos migratórios.

“As migrações dentro ou para fora da nação, como solução para a busca de melhores condições de vida ou para fugir de eventuais perseguições, guerras, violência, fome e catástrofes naturais”, produziram “novas problemáticas do ponto de vista não só humano, mas também ético, religioso e espiritual”, indica a mensagem escrita para esta celebração.

O Papa alerta para as “atuais e palpáveis consequências da secularização”, da “aparição de novos movimentos sectários”, de “uma difundida insensibilidade à fé cristã” e “uma acentuada tendência para a fragmentação”.

Neste contexto, Bento XVI apela a uma “nova evangelização, inclusive no vasto e complexo fenómeno da mobilidade humana”.

“Hoje, sentimos a urgência de promover, com novo vigor e novas modalidades, a obra de evangelização num mundo onde a queda das fronteiras e os novos processos de globalização deixaram as pessoas e os povos ainda mais próximos”, pode ler-se.

O texto desenvolve o tema ‘Migrações e nova evangelização’, lembrando aqueles que “cresceram no seio de povos marcados pela fé cristã”, mas acabaram por emigrar para países onde os cristãos são uma minoria “ou a antiga tradição de fé já não é convicção pessoal”.

O Papa convida os católicos a conservarem a sua fé nesses contextos, o que se pode tornar “uma ocasião para proclamar que, em Jesus Cristo, a humanidade se torna participante do mistério de Deus e da sua vida de amor” ou para “despertar a consciência cristã adormecida”.

Para Bento XVI “o atual fenómeno migratório é também uma oportunidade providencial para o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo”, apelando à cooperação entre “as Igrejas tanto de proveniência, como de trânsito e de acolhimento dos fluxos migratórios”.

A mensagem fala ainda da situação de “numerosos estudantes vindos de outros países” que enfrentam “problemas de inserção, dificuldades burocráticas, aflições na busca de alojamento e de estruturas de acolhimento”.

OC

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