Haiti: Caritas continua no terreno

Dois anos depois do terramoto que destruiu parte do país, organização católica mantém esforços de reconstrução

Lisboa, 13 jan 2012 (Ecclesia) – A Caritas Portuguesa, organização católica de solidariedade, revelou hoje que mantém o seu “empenho” em ajudar as pessoas afetadas pelo terramoto que há dois anos atingiu o Haiti, provocando 230 mil mortes.

“A direção da Caritas Portuguesa decidiu reforçar o apoio a um projeto de reconstrução de 20 habitações, que está a ser desenvolvido pela Caritas da Suíça, bem como o apoio a um centro de saúde no sul do país”, indica um comunicado da instituição, enviado à Agência ECCLESIA.

Segundo a Caritas, os trabalhos da organização católica internacional visam ajudar as mais de três milhões de pessoas atingidas pelo sismo de 12 de janeiro de 2010, que destruiu “inúmeras infraestruturas”.

“A rede Caritas mantém a sua atividade de apoio à reconstrução, proporcionando melhores condições de habitação, promovendo o sustento das famílias, combatendo a cólera e reconstruindo escolas”, pode ler-se.

Em 2010, após o sismo, a campanha pública ‘Caritas Ajuda Haiti,’ autorizada pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, contabilizou donativos no valor de 1,41 milhões de euros.

“Com a generosidade dos portugueses, a Caritas Portuguesa conseguiu apoiar alguns projetos que estão a ajudar a reconstruir o país e a melhorar as condições de vida das pessoas afetadas”, assinala a instituição católica para a ajuda humanitária.

Após contribuir com abrigos temporários, alimentação e água, durante a fase de emergência, a organização visitou o Haiti, um ano após o sismo, tendo iniciado um projeto de construção de um centro de formação em Port-au-Prince, capital do país.

O presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, enviou uma carta ao diretor nacional da Caritas do Haiti, afirmando que “o importante é não perder a coragem e a confiança porque, se os haitianos quiserem e a natureza não os voltar a trair”, o país “poderá ser melhor do que até aqui”.

“Pode continuar a contar com a nossa solidariedade, pelo que informo que hoje mesmo será enviado o contributo necessário para apoiar um projeto de reconstrução de 20 habitações, bem como o apoio a um centro de saúde”, revela a missiva, com data de quinta-feira.

A situação das populações continua a ser delicada, segundo o representante diplomático do Papa no Haiti, D. Bernardito Auza.

Em declarações à Agência Fides, do Vaticano, o Núncio revela que “ainda existem 600 mil pessoas a morar em tendas, inclusive os seminaristas” das dioceses locais.

“Gostaria de acrescentar que no Haiti a reconstrução foi e ainda é particularmente difícil e cara, porque tudo é importado, até mesmo a areia”, alerta.

OC

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