Vocações: «Ser cristão é ser radical», diz bispo do Funchal

Na missa em que ordenou quatro diáconos, D. António Carrilho sustentou que crise «obriga a Igreja» à «proximidade fraterna»

Lisboa, 19 dez 2011 (Ecclesia) – O bispo do Funchal, D. António Carrilho, afirmou este domingo na sé da cidade que “ser cristão é ser radical”, tendo também sublinhado que a crise obriga os cristãos a reforçar a solidariedade.

“Podeis, nos vossos sonhos e esperanças procurar experiências de radicalidade, mas tende a certeza de que ser cristão é ser radical! Ser corajoso, é recusar deixar-se ir no dinamismo do efémero e embarcar na ousadia do eterno!”, assinalou o responsável na homilia publicada no site da diocese madeirense.

Na missa em que ordenou quatro diáconos, o prelado dirigiu-se aos jovens para lhes lembrar que Deus “pode chamar” alguns a segui-lo “numa entrega de especial consagração à vida sacerdotal, religiosa e missionária”: “Estai atentos e sede generosos na resposta!”, pediu.

No contexto de “dificuldades e carências básicas”, acompanhadas de “preocupações e sofrimento para muita gente”, a celebração do Natal “obriga a Igreja” a “intensificar uma ação de proximidade fraterna, que leve a luz da fé e a coragem da esperança”, realçou o responsável.

Referindo-se ao “exemplo” do “sim” que, segundo a Bíblia, a Virgem Maria disse ao anjo que lhe perguntava se aceitava ser mãe de Cristo, o bispo do Funchal salientou que essa aceitação “reclama e estimula novos ‘sins’ a cada crente, segundo a sua própria vocação, para o serviço do Reino de Deus”.

“Aqui se situa o ‘sim’ de cada um dos novos candidatos a Diáconos e o apelo a todos os agentes da ação pastoral, para que saibam dar sempre o seu ‘sim’ disponível e serviçal, como membros de uma ‘Igreja em Missão’”, acrescentou.

O diácono, palavra de origem grega que pode traduzir-se por servidor, é especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Baptismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.

O diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros, enquanto que os diáconos permanentes, também do sexo masculino, podem ser casados e devem ter mais de 35 anos.

RJM

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