CEP: Plano pastoral deve ir «além das fronteiras das dioceses», diz bispo de Bragança

D. José Cordeiro, presente pela primeira vez numa assembleia plenária do episcopado católico, fala em «solicitude» para combater tempos difíceis

Fátima, Santarém, 09 nov 2011 (Ecclesia) – O novo bispo de Bragança, presente pela primeira vez numa assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, sublinhou esta terça-feira a importância daquele organismo “falar a uma só voz” e para toda a Igreja.

“Que seja cada vez mais um colégio a falar a uma só voz e, tanto quanto possível, com um plano pastoral alargado além das fronteiras das dioceses”, afirmou D. José Cordeiro, em declarações à Agência ECCLESIA, no final do segundo dia de trabalhos.

O prelado brigantino, que tal como D. Nuno Brás, recém-nomeado bispo auxiliar de Lisboa, foi acolhido pelos outros membros da CEP como um sinal de “rejuvenescimento” da hierarquia da Igreja, salientou estar ali numa “atitude de escuta e disponibilidade para o serviço”.

“A diocese de Bragança não é uma ilha isolada, é na inter-relação de todas as Igrejas e na comunhão episcopal que nós construímos a única Igreja de Jesus Cristo”, complementou.

A 178ª assembleia plenária do episcopado católico, que decorre até esta quinta-feira na Casa de Nossa Senhora das Dores, Santuário de Fátima, incluiu a eleição de novos presidentes para as diversas comissões episcopais.

D. José Cordeiro espera que a atuação dos novos responsáveis, durante os próximos cinco anos, seja sobretudo marcada pela “solicitude” necessária para ajudar as pessoas a lidarem com os tempos difíceis que têm pela frente.

O caminho para uma “sociedade nova”, de acordo com aquele responsável, terá de partir de uma “maior atenção pela dignidade da pessoa humana”, da “procura de um bem comum que esteja acima de todos os interesses partidários e individuais” e de uma “grande abertura à solidariedade”.

Olhando para a sua diocese, o bispo de Bragança realçou o trabalho que tem sido feito pelos centros sociais paroquiais, “no atendimento às necessidades mais concretas das pessoas”.

“Queremos continuar a fazer isso com qualidade mas sempre com o sentido fundamental do Evangelho, da caridade, de ir ao encontro daqueles que mais precisam”, sustentou.

RJM/JCP

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