O esquecimento dos mais fracos

Alertou D. Teodoro de Faria na Homilia do Domingo de Ramos. Os que viram o filme – «A Paixão de Cristo» – comoveram-se e alguns “até se escandalizaram com tanta violência. No filme não aparece a cena do suor de sangue que sai de todo o corpo e deixa uma pessoa completamente exausta. São Lucas como médico conhecia este sofrimento, escrevendo que as gotas de sangue caíam na terra” – referiu D. Teodoro de Faria, Bispo do Funchal, na celebração de Domingo de Ramos. Na Sé do Funchal, que contava com muitos jovens porque neste dia também se celebra o Dia Mundial da Juventude, o prelado salientou que “devido ao sofrimento e humilhação”, o Evangelista em vez de referir-se “à flagelação, diz que Pilatos mandou castigar Jesus”. A crucifixão porém “não podia ser escondida, porque a cruz foi o lugar da vitória do rei crucificado”. Dirigindo-se em particular aos jovens, disse que: “o mesmo acontece hoje com os ódios, as guerras, o terrorismo, e as violências. São os mais pequeninos e os mais fracos os que mais sofrem, morrem e são esquecidos. Considerai o que acontece ainda hoje com as mães solteiras, com as mulheres que são obrigadas a praticar o aborto, com as abandonadas pelos maridos com os filhos pequenos nos braços”. E conclui: “só contemplando o rosto de Jesus podemos defender, proteger e amar de forma autêntica e desinteressada os mais humildes, desprezados e esquecidos pela sociedade do bem estar”.

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