Vietname: Bispo pede liberdade para «presos políticos e de consciência»

Governo não incluiu cristãos e grupos contrários ao regime comunista na lista de prisioneiros amnistiados durante a festa de independência nacional

Lisboa, 30 ago 2011 (Ecclesia) – O presidente da Comissão “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal do Vietname pediu hoje ao governo do seu país para que se recorde “daqueles que estão na prisão por motivos políticos e de consciência”.

O apelo de D. Paul Nguyen Thai Hop, veiculado pela agência Fides, vem no seguimento da amnistia que o presidente vietnamita, Truong Tan Sang, concedeu a 10 mil prisioneiros por ocasião da festa da independência nacional, marcada para a próxima sexta-feira.

De acordo com a mesma fonte, entre aqueles que foram libertados encontram-se fundamentalmente “pessoas que foram presas por crimes comuns e representantes das minorias étnicas, não havendo registo de dissidentes políticos”.

Apoiada num Código Penal que pune de forma severa quem critica publicamente o governo, a justiça vietnamita tem encarcerado ao longo dos anos diversos representantes cristãos e membros de grupos políticos que se mostram contrários ao regime comunista instalado.

Atualmente, segundo a Comissão dos Direitos Humanos do Vietname, existem pelo menos 258 presos políticos e de consciência no país, detidos apenas devido às suas ideias.  

“O que a população pede é que se lembre, nesta ocasião, daqueles que lutam pela liberdade, os direitos humanos, a justiça e a democracia”, reforça D. Paul Nguyen Thai Hop.

Sublinha ainda que a comissão que preside vai “acompanhar este problema com grande atenção” e procurar fomentar o debate junto de “intelectuais não católicos e membros do partido comunista”.

JCP

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