LOC/MTC pede luta pela «inclusão social»

Fátima Almeida chama a atenção para a situação difícil de milhares de cidadãos que perderam o emprego devido à crise

Lisboa, 07 jun 2011 (Ecclesia) – Os trabalhadores cristãos esperam que o futuro governo de Portugal cumpra com o que se exige de uma “verdadeira democracia”, colocando o “desenvolvimento económico e social ao alcance de todos”.

“Qualquer sistema democrático deve ser caracterizado pela equidade e pela inclusão social de todos os cidadãos, e na situação em que vivemos isto não está a acontecer, antes pelo contrário” sublinhou hoje a presidente da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC), em declarações à Agência ECCLESIA.

Na sequência da realização das eleições legislativas de domingo, o presidente da República recebeu esta segunda-feira o presidente do Partido Social Democrata, esperando-se que um novo primeiro-ministro possa participar como tal na reunião do Conselho Europeu, marcada para 23 de junho.

Cavaco Silva “incumbiu” Pedro Passos Coelho de “desenvolver de imediato diligências com vista a propor uma solução governativa que disponha de apoio parlamentar maioritário e consistente”, assinala um comunicado da Presidência da República.

Fátima Almeida considera que o executivo que será liderado por Passos Coelho deverá ter como primeira prioridade “criar emprego, com salário justo, com condições de trabalho que dignifiquem as pessoas”.

Aquela responsável recorda sobretudo os milhares de cidadãos com 45, 50 anos, que de repente, “ficaram sem emprego devido a uma má gestão económica levada a cabo por gestores e políticos”, e que agora “muito dificilmente irão conseguir voltar ao mercado de trabalho”.

“É importante que, no esforço de reduzir despesas, não se cortem de qualquer forma os apoios sociais a essas pessoas, que têm servido de almofada para a crise que atravessam” avisa a líder da LOC.

Os operários católicos defendem ainda a necessidade de “mais e melhores programas de formação”, sobretudo para as faixas etárias mais críticas, e uma aposta mais efetiva em projetos de reinserção social.

O PSD venceu as eleições legislativas de  5 de junho com 38,6% dos votos, contra 28,05% do PS e 11,7% do CDS-PP.

Na história deste ato eleitoral fica ainda a elevada taxa de abstenção, na ordem dos 41%, a maior de sempre neste tipo de sufrágio.

Segundo Fátima Almeida, o desinteresse que rodeou esta corrida às urnas “deve ser um desafio para os políticos, para que, através de um testemunho e de uma imagem credível, consigam chamar mais pessoas à vida cívica e política”.

JCP/OC

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