A fundadora da CONFHIC transformou as palavras «cristã» e «santa» em sinónimos, disse D. António Montes
Lisboa, 20 mai 2011 (Ecclesia) – A bondade da Madre Maria Clara “não era apenas ação social mas ela aliviava o sofrimento com o vigor da fé” – disse D. António Montes, esta sexta-feira, na última vigília preparatória para a beatificação de Madre Clara.
D. António Montes realçou as duas palavras “que se tornaram sinónimos para “Mãe Clara”, ser cristã e santa, esta é a normalidade da vida cristã”.
No Mosteiro dos Jerónimos o bispo de Bragança-Miranda e membro da comissão histórica do processo de canonização da Madre Maria Clara sublinhou ainda o rosto de ternura e misericórdia de Deus em que a futura beata se tornou.
Na sua homilia do tríduo preparatório para a beatificação da fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC), o prelado referiu o lema da congregação lucere et fovere, iluminar e aquecer, recordando como Madre Clara “iluminava os jovens e aquecia e aconchegava doentes e idosos.”
Esta vigília encerrou o tríduo preparatório para a beatificação da Madre Clara e reuniu centenas de pessoas no Mosteiro dos Jerónimos. Toda a celebração foi animada por um coro de Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, “que emprestaram a sua voz à terra inteira”, como se podia ler no guião.
Madre Maria Clara será beatificada este sábado, no Estádio do Restelo (Lisboa), numa celebração que será presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, sendo o representante do Papa, o cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.
A futura beata Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de junho de 1843, e recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
A religiosa foi enviada a Calais, França, a 10 de fevereiro de 1870, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação, pelo que abriu a primeira comunidade da CONFHIC em S. Patrício – Lisboa, no dia 3 de maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.
A «mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de dezembro de 1899, e o seu processo de canonização viria a iniciar-se em 1995.