Cerimónia presidida por Bento XVI leva centenas de milhares de pessoas ao Vaticano
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Roma, 01 mai 2011 (Ecclesia) – Milhares de peregrinos estão concentrados desde o início da madrugada deste domingo junto à entrada para a Praça de São Pedro, a fim de encontrarem o melhor lugar para a missa de beatificação de João Paulo II.
O número aumentou após a vigília de oração que decorreu no Circo Máximo, no centro de Roma, juntando cerca de 200 mil pessoas, segundo os números avançados aos jornalistas pelas autoridades italianas.
Este momento, que incluiu uma ligação a Fátima, orações em português e mesmo um momento em que as luzes foram desligadas, reproduzindo o ambiente da procissão das velas, na Cova da Iria, foi concluído, desde o Vaticano, por Bento XVI.
Logo após a bênção papal, milhares de pessoas seguiram em direção à Praça de São Pedro ou procuraram espaço para descansar noutras praças ou mesmo nas igrejas que vão estar abertas durante toda a noite.
Algumas bandeiras portuguesas surgiam no meio de muitas outras da Polónia, com os peregrinos lusos a darem mostra da sua satisfação por poderem participar neste momento, mesmo que isso signifique passar a noite em claro, nas ruas de Roma.
Mais sorte tiveram quatro peregrinas de Rio Maior, que foram acolhidas à última hora numa sala do Instituto de Santo António dos Portugueses: a vontade de participar trouxe-as até Roma, sem sítio onde ficar, e o reitor do Instituto acedeu a deixa-las dormir ali.
Na igreja de Santa Inês, junto à Praça Navona, concentram-se muitos polacos, sendo quase impossível entrar no local, onde muitos acabam por ficar, tal como acontecia fora dali, antes da cerimónia que se inicia pelas 10:00 (09:00 em Lisboa).
Pelas 05:30, serão abertos os acessos à avenida que leva à Praça de São Pedro, Via della Concilliazione, de onde muitas pessoas foram retiradas, ao final da noite de sábado, pelas forças da ordem, por motivos de segurança.
A beatificação de Karol Wojtyal (1920-2005), João Paulo II, será presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, pouco mais de seis anos após a morte do Papa polaco.
OC