Património: Igreja Católica debate inventariação

Terceiro conselho nacional para os Bens Culturais da Igreja vai decorrer em Évora

Lisboa, 12 abr 2011 (Ecclesia) – A Igreja Católica promove hoje, em Évora, o terceiro conselho nacional para os Bens Culturais da Igreja, desta feita dedicado à questão da inventariação do património.

A iniciativa vai reunir delegados das diversas dioceses portuguesas e respetivas equipas técnicas, procurando “apontar caminhos que auxiliem as dioceses portuguesas nesta área de atuação”, assinala um comunicado hoje enviado à Agência ECCLESIA.

O conselho é promovido pelo Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja (SNBCI), para a apresentação de “um ponto de situação relativamente à realidade do inventário”, identificando, desde logo, dois problemas: “A escassez de recursos humanos especializados e a forte dependência dos programas externos de financiamento”.

“Entre outros temas, será discutida a problemática dos financiamentos, programas de gestão, metodologias de trabalho, recursos humanos e disponibilização dos inventários”, indica a nota assinada por Sandra Costa Saldanha, diretora do SNBCI.

“Resgatando do esquecimento acervos de extraordinária qualidade e de grande relevância patrimonial, o inventário constitui, em boa verdade, um caminho fascinante de descoberta de um legado fundamental, reflexo da fé e da cultura nacional”, observa.

Segundo esta responsável, “o inventário dos bens culturais da Igreja em Portugal constitui um desafio de longa data”.

“Ferramenta indispensável ao processo de conservação, proteção e valorização do património religioso, é crescente o esforço de qualificação dos projetos entre as dioceses portuguesas”, assinala.

A diretora do SNBCI destaca, por outro lado, que “a implementação de um simples registo cadastral constitui, antes de qualquer outra coisa, a mais elementar forma de segurança desse património”.

O SNBCI deixa um alerta, neste campo, referindo que “apesar do esforço de congregar especialistas, que ajudem a identificar e preservar o seu património, prevalecem os procedimentos avulsos, quantas vezes precários, manifestamente insuficientes para enfrentar tamanha responsabilidade”.

No terceiro conselho nacional vão ser apresentados testemunhos nacionais, nomeadamente das dioceses do Porto, Braga e Évora, para além de uma intervenção de Enrique Soler Gil, delegado diocesano de património de Jerez de la Frontera, Espanha.

Encerram os trabalhos Amélia Fernandes, diretora do Departamento de Património Móvel do Instituto dos Museus e da Conservação, e D. Carlos Azevedo, vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top