Teologia/UCP: Estimular a dimensão de serviço de toda a Igreja

D. Manuel Clemente realça aumento do número de diáconos num «contexto de grave decréscimo do número de presbíteros»

Lisboa, 17 Fev (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou esta quarta-feira, 16 Fevereiro, que “a actual e progressiva restauração do diaconado na diocese” se verifica num contexto de “grave decréscimo do número de presbíteros e consequente aumento de trabalho pastoral”.

D. Manuel Clemente proferiu uma conferência sobre «Diaconia e Diaconado na Igreja» nas Jornadas de Teologia do núcleo do Porto da Universidade Católica Portuguesa, que decorrem de 14 a 17 de Fevereiro, subordinadas ao tema «Diaconia da Igreja e Diaconado Permanente».

Na Igreja Católica, o diaconado é o primeiro dos três graus da Ordem, sacramento constituído também pelo presbiterado (padres) e episcopado (bispos).

Ao rever a história do diaconado permanente na diocese do Douro, o prelado recorda algumas notícias publicadas no jornal «Voz Portucalense»: desde o anuncio (27 de Março de 1991) até à ordenação (26 de Abril de 1992).

Quase duas décadas depois, D. Manuel Clemente destaca “a grande lucidez destas reflexões do editorialista da «Voz Portucalense»”.

“O diaconado tem sido exercido com indesmentível generosidade, mas só a pouco e pouco vai encontrando o seu estatuto específico, dentro e fora da comunidade cristã”, completou o bispo do Porto.

Nos últimos dez anos faleceram 117 presbíteros ao serviço da diocese e ordenaram-se 40.

Perante esta realidade e “a profunda mudança sociocultural” que se vive, D. Manuel Clemente sublinha a “conveniência e a urgência da sua restauração e expansão na diocese, precisamente para simbolizar e estimular a diaconia de toda a Igreja, em constante missão de testemunho e convite evangélicos”.

“A Igreja reencontra-se na diaconia do mundo e os diáconos serão o sacramento e o contínuo estímulo para que tal suceda, mais e mais”, finaliza.

Em Dezembro de 2010, D. Manuel Clemente ordenou 17 novos diáconos permanentes, na Sé do Porto,

Ao diaconado permanente, restaurado pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), podem aceder também homens casados, depois de terem completado 35 anos de idade.

LFS

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Agência ECCLESIA

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