Funchal, 31 Jan (Ecclesia) – O bispo do Funchal quer que a diocese dê mais atenção à presença dos fiéis nas missas: “Não será de relançar um especial esforço quanto à participação na eucaristia dominical?”, questionou D. António Carrilho.
Na missa celebrada este Domingo na sé do Funchal, após o cortejo que assinalou o 50.º aniversário de 43 paróquias da diocese, o prelado também defendeu a “renovação” das comunidades paroquiais, com vista a uma Igreja “viva, participativa e interventiva” e em “co-responsabilidade de todos os fiéis”, refere o Diário de Notícias (Madeira).
D. António Carrilho salientou a necessidade de os católicos estarem atentos às carências da população: “Será que cada paróquia conhece e ajuda aqueles que precisam de conforto espiritual e material para se erguerem e enfrentarem com fé e coragem os caminhos difíceis nas suas vidas?”
Durante a homilia, o bispo do Funchal constatou que “o crescente pluralismo cultural e religioso, aliado a uma onda de secularização e indiferença, constitui um cenário que se vai alargando”, “alterando práticas e costumes tradicionais”, pelo que a Igreja é chamada a “uma nova cultura de evangelização”.
“Muitos milhares de pessoas” juntaram-se este Domingo nas ruas do Funchal para seguir o cortejo, revela o Jornal da Madeira.
As celebrações, em que estiveram presentes fiéis das 96 paróquias das ilhas da Madeira e Porto Santo, contaram com a participação dos secretários regionais dos Assuntos Sociais, Ambiente, Recursos Humanos e Turismo, além de autoridades civis e militares.
O prelado lembrou as pessoas ligadas à concretização do “arrojado projecto” do bispo D. David de Sousa (1911-2006), que decidiu a constituição das novas paróquias.
As comunidades foram instituídas a 1 de Janeiro de 1961, com o objectivo de levar a Igreja ao meio dos núcleos populacionais, tendo em conta as distâncias que dificultavam o acesso dos fiéis às missas, recordou D. António Carrilho.
Actualizado em 1/2/2011
DNM/JM/RM