Haiti: Cáritas recorda sismo, um ano depois

Donativos nacionais ultrapassaram os 1,3 milhões de euros mas só 25% já foram aplicados

Lisboa, 12 Jan (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa recordou “os milhares de haitianos” que sucumbiram no sismo que, precisamente há um ano, atingiu o país, deixando mais de 220 mil mortos e um milhão de desalojados.

“A Cáritas Portuguesa quer recordar os milhares de haitianos que sucumbiram neste desastre, confiando-os à misericórdia de Deus, e reiterar a sua solidariedade aos que a ele sobreviveram, mas que continuam a lutar pela recuperação da normalidade das suas vidas que está a ser condicionada pelas debilidades que já, antes, faziam do Haiti o país mais pobres do hemisfério ocidental”,  pode ler-se, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A organização católica releva que na campanha de solidariedade lançada após o sismo de 12 de Janeiro de 2010, foram angariados mais de 1,37 milhões de Euros graças à ajuda “sempre pronta e generosa da população portuguesa”.

Desta verba, refere a Cáritas, 25% “foi já aplicada, na fase de emergência, com a aquisição de 472 tendas, para 1400 pessoas, com a instalação de 10 depósitos de água e com ajuda alimentar a mais de 200 famílias”.

A organização revela que em breve vai enviar uma delegação a Port-au-Prince, capital haitiana, para “avaliar os impactos da ajuda já concedida e programar, em conjunto, com a Cáritas local a aplicação dos restantes donativos em projectos”.

Em perspectiva está “a construção de habitações, de uma unidade de saúde, de criação de postos de trabalho” e “outras acções que vierem a ser identificadas”.

“Muitos têm sido, efectivamente, os constrangimentos à recuperação do país, aos quais se veio a juntar, agora, a enorme epidemia de cólera que já dizimou milhares de pessoas”, assinala o documento.

Falando em “enormes desafios” para os haitianos, nos próximos anos, a Cáritas de Portugal está convencida de que esta “poderá ser uma oportunidade para que nasça um Haiti renovado, capaz de dar condições dignas de vida ao seu povo”, como salienta o documento assinado por Eugénio da Fonseca, presidente da organização católica.

LFS/OC

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