Diversos bispos da China foram levados contra a sua vontade para participar no oitavo congresso nacional dos representantes católicos, em Pequim
A Assembleia Patriótica Católica (APC) decorre na capital chinesa, apesar da oposição da Santa Sé e da resistência de muitos católicos do país, informou a agência AsiaNews.
Durante as reuniões, está prevista a eleição do presidente nacional da APC e do presidente do Conselho dos Bispos Chineses, dois organismos que tentam edificar uma Igreja independente da autoridade do Papa.
O bispo de Hengshui (Hebei), D. Feng Xinmao, foi sequestrado por um grupo de polícias, que tiveram de enfrentar os fiéis e sacerdotes que faziam um escudo para garantir a liberdade do bispo.
Outros bispos de diferentes províncias afirmaram estar doentes ou esconderam-se para evitar participar na assembleia.
Alguns prelados aceitaram ir a Pequim, mas decidiram não concelebrar as missas na assembleia.
A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.
O Vaticano tem manifestado, por diversas vezes, o desejo de que a China respeite a liberdade de culto e de religião no país, cuja ausência afecta de forma especial milhões de católicos que vivem a sua fé na clandestinidade.
Redacção/Zenit