Grupo de reflexão da CNJP sublinha desafio de uma mudança urgente
Mais de 1300 pessoas assinaram já a petição pública por uma nova economia, uma iniciativa do grupo Economia e Sociedade da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP).
O texto, em debate público, avança um conjunto de propostas para enfrentar a presente crise, “abrindo caminho a uma regulação do sistema financeiro, ao serviço de uma economia integrada e sustentável”, indica comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
A tomada de posição, tem por base “o reconhecimento de que as medidas para enfrentar a crise traçadas pelo Governo e impostas pelas instâncias comunitárias, além de implicarem elevados custos sociais, não permitem, só por si, conter a especulação financeira sobre a dívida externa e as necessidades de financiamento do Estado e da economia”.
O texto da petição fala em “aproveitamento oportunista por parte de quem defende – sempre defendeu – uma redução do papel regulador do Estado e da prestação de serviços públicos”.
O documento realça também que “existe um pensamento económico alternativo que não pode mais continuar bloqueado e passar despercebido dos meios de comunicação social e na opinião pública. Há que abrir espaço a correntes teóricas com propostas diferentes, que precisam de ser debatidas”.
O combate às desigualdades e à pobreza na União Europeia deverá constar das “prioridades das autoridades nacionais e comunitárias responsáveis pela política económica e o princípio da solidariedade subjacente aos tratados deveria levar ao estabelecimento de mínimos sociais e metas quantificadas e calendarizadas de redução da pobreza”.
“Sabemos bem que, não só estão em causa princípios de justiça social, como também a pobreza e grandes desigualdades sociais constituem obstáculo ao próprio crescimento económico” – lê-se na petição.
Os promotores da iniciativa registam que “nas subscrições têm chegado comentários com palavras de incentivo para que esta tomada de posição promova um debate alargado e permita definir novos rumos para economia e para a sociedade portuguesa”.
Em poucos dias, assinala-se, a subscrição atingiu mais de um milhar de assinaturas, das mais variadas proveniências, um número considerado “surpreendente”.
Para informação complementar sobre a temática da posição publica, é possível consultar o blogue http://areiadosdias.blogspot.com