Congresso internacional em Lisboa chega ao fim com a perspectiva de novos projectos
As investigações sobre as ordens religiosas e congregações vão alargar-se “aos países lusófonos”, garantiu à Agência ECCLESIA José Eduardo Franco, da comissão organizadora do Congresso Internacional Ordens e Congregações Religiosas em Portugal que termina esta Sexta-feira, em Lisboa.
Este trabalho de cooperação científica entre vários investigadores (portugueses e dos países lusófonos) resultou em vários projectos de “fazer dicionários das ordens nos países lusófonos”. Já teve o seu início em Angola e na próxima semana este investigador português irá a Moçambique.
A equipa de investigação em Portugal “já fez várias viagens a estes países para implantar equipas de investigadores e avançar com o projecto”, disse José Eduardo Franco, investigador e membro da Direcção do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
No Brasil, a equipa já está a trabalhar nestes temas. No levantamento da realidade das ordens naquele país, José Eduardo Franco revela que “já estão elencados mais de 700 ordens e congregações”.
Em Portugal as investigações iniciaram-se há dez anos. Este capital de experiência ajuda os novos projectos. “Os critérios e a metodologia já estão estabelecidos”, afirmou.
Nos últimos tempos as investigações sobre estas temáticas proliferaram. “Antigamente sabia-se que existiam, mas muita gente tinha a ideia que eram uma realidade escondida e hermética”. Apesar de existiram “investigações parcelares” nunca “tinha sido empreendido um trabalho de estudo global”, frisou José Eduardo Franco.
No final do congresso internacional, que juntou mais de 600 participantes, a organização do evento destaca que “as Ordens e Congregações religiosas ocupam lugares angulares na história de Portugal”.
“Dois vectores determinam o decorrer dos trabalhos: a apresentação historiográfica do protagonismo das Ordens e Congregações religiosas e a relevância que ocupam nas sociedades de todos os tempos”, indica um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.