Sete meses após sismo, ajuda humanitária requer avaliação local
A Cáritas portuguesa vai deslocar-se ao Haiti para avaliar a execução dos projectos de ajuda humanitária que integra, após o sismo que a 12 de Janeiro abalou a capital Port-au-Prince e vitimou mortalmente 200 mil pessoas.
Depois da ajuda de emergência que a Cáritas Portuguesa integrou, João Pereira, técnico do departamento de cooperação internacional e emergências da Cáritas Portuguesa, explica à Agência ECCLESIA que importa “localmente discutir os projectos que vamos continuar a apoiar”.
Durante o mês que decorreu a campanha de ajuda da Cáritas ao Haiti foram angariados cerca de um milhão e quatrocentos mil euros.
Em parceria com a congénere do Haiti, a Cáritas Portuguesa adquiriu 272 tendas para cerca de 1100 pessoas. Este pedido de emergência foi orçamentado em 100 mil euros. Em saneamento, distribuição de água potável, kits de higiene, roupa e alimentos às populações residentes no campo de refugiados, situado em Pétionville foram gastos 250 mil euros.
João Pereira explica que finda a ajuda de emergência, segue-se a identificação de necessidades para auxiliar no desenvolvimento da região. Os restantes milhão e cem mil euros serão aplicados nesta segunda fase de ajuda humanitária.
A Cáritas do Haiti e Cáritas portuguesa em conjunto com a «Cáritas Internationalis» “estão a dialogar para estabelecer prioridades na ajuda”. João Pereira prevê a continuação do apoio nas áreas de abrigo, geração de recursos para auto-sustentação e saúde mas admite ser necessária uma deslocação ao local para melhor avaliação. O técnico de cooperação internacional afirma que a avaliação no local será feita ainda este ano.
A Cáritas, serviço da Igreja Católica para a promoção e dinamização da acção social, elabora um programa de auxílio e as diferentes congéneres são convidadas a contribuir. Finda a fase de emergência, são diagnosticados os locais a ajudar e que possam ser geradores de desenvolvimento. É este programa de reabilitação que está a ser actualmente construído.