Milhares de pessoas na peregrinação de Agosto, que lembra comunidade portuguesa em França e os refugiados menores
Milhares pessoas marcam presença esta Sexta-feira na peregrinação internacional de Agosto, em Fátima, tradicionalmente dedicada aos Migrantes e refugiados.
A celebração deste dia 13 vai ser presidida por D. Claude Schocker, Bispo de Belfort-Montbéliard (França) e presidente do Serviço Nacional da Pastoral dos Migrantes da Conferência Episcopal Francesa.
Quase 50 grupos de peregrinos, vindos de 15 países procederam, junto do Serviço de Peregrinos do Santuário, à sua inscrição nestas cerimónias.
A Peregrinação dos Migrantes e do Refugiados é uma organização da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana (CEMH), que neste ano de 2010 pretende realçar a comunidade portuguesa residente em França e a Igreja Francesa que a acolhe.
Na Missa de 12 de Agosto, o presidente da CEMH, D. António Vitalino Dantas apelou aos portugueses, para que acolham os imigrantes.
“Eles querem contribuir para a transformação das terras desertas e secas em terras povoadas e férteis. A redução da natalidade entre nos deixou muitas aldeias desertas e muitos sectores da vida social e laboral sem as forças activas necessárias”, disse o bispo de Beja.
Num olhar sobre a actualidade no nosso país, D. António Vitalino frisou o sofrimento em Portugal e em todo o mundo provocado pelos incêndios “fogos que devoram as nossas matas, ameaçam as nossas casas, mas pouco fazemos para as limpar e reordenar”.
O bispo de Beja sublinhou também que “há herdades por cultivar e culturas a apodrecer nos campos por falta de mão-de-obra para esses trabalhos que os nossos jovens já não procuram. Sejamos pois acolhedores e hospitaleiros”.
Sobre o tema escolhido pela CEMH para a Semana Nacional de Migrações, “Com Francisco e Jacinta, acolher Cristo nos migrantes e refugiados menores”, o prelado deixou votos “para que se reserve a justa atenção aos migrantes menores, necessitados de um ambiente social que permita e favoreça o seu desenvolvimento físico, cultural, espiritual e moral”.
