Bento XVI evocou este Domingo a filósofa alemã de origem judaica Edith Stein, a santa carmelita Teresa Benedita da Cruz, morta a 9 de Agosto de 1942 pelos nazis.
Diante dos peregrinos reunidos na residência pontifícia de Castel Gandolfo, perto de Roma, o Papa recordou igualmente o padre franciscano polaco Maximiliano Kolbe, morto às mãos do regime de Hitler a 14 de Agosto de 1941.
Nas palavras que proferiu antes da oração do Angelus, Bento XVI classificou-os de “mártires do século XX unidos pelo mesmo destino em Auschwitz”, campo de concentração nazi situado na Polónia.
“Ambos atravessaram o período sombrio da II Guerra Mundial sem nunca perder de vista a esperança, o Deus da vida e do amor”, assinalou o Papa.
Bento XVI convidou os cristãos a utilizar os bens materiais “sem egoísmo ou sede de posse ou dominação, mas segundo a lógica de Deus, da atenção ao outro, a lógica do amor”.
O dia 9 de Agosto é dedicado no calendário da liturgia católica precisamente à memória de Edith Stein. Filha de pais judeus, nasceu no dia 12 de Outubro de 1891.
Tendo-se dedicado aos estudos filosóficos, empenhou-se perseverantemente na procura da verdade, até que encontrou a fé em Deus e se converteu à Igreja Católica. Foi baptizada no dia 1 de Janeiro de 1922.
Desde então serviu a Deus na função de professora e escritora. Agregada às irmãs carmelitas em 1933 com o nome Teresa Benedita da Cruz por ela escolhida, dedicou a sua vida ao serviço do povo judaico e do povo alemão. Deixando a Alemanha por causa da perseguição aos Judeus, foi recebida a 31 de Dezembro de 1938 no convento das carmelitas de Echt (Holanda).
A 2 de Agosto de 1942, Edith Stein foi presa e internada no campo de concentração de Auschwitz, e juntamente com a irmã foi morta na câmara de gás no dia 9 de Agosto de 1942.
«Judia, filósofa, religiosa, mártir» – como foi afirmado por João Paulo II – foi beatificada a 1 de Maio de 1987, em Colónia (Alemanha), sendo uma das Santas padroeiras da Europa.