O Governo Regional da Madeira decidiu manter os crucifixos nas Escolas da Região, considerando que não é possível, “sob o ponto de vista da realidade cultural e da sua necessária pedagogia escolar, conceber a Europa e Portugal sem as bases fundamentais do Cristianismo”.
A posição é assumida no Despacho n.º 17/2010 da Presidência do Governo Regional da Madeira, de 21 de Julho.
“A laicidade do Estado não é minimamente lesada pela presença de Crucifixos nas Escolas e, pelo contrário, incumbe ao Estado laico dar uma perspectiva correcta da génese civilizacional dos povos, bem como dos Valores que suportam o respectivo desenvolvimento cultural”, refere o documento.
O Governo Regional justifica a continuidade de crucifixos nas Escolas e responde a tentativas para a retirada dos mesmos no espaço europeu, em nome da “laicidade”.
O Despacho considera que “a Região Autónoma da Madeira não deve pactuar com aquilo a que se chama ‘euroesclerose’, marcada por uma ataque aos valores que suportam a civilização europeia, consequência também das correntes auto-denominadas de ‘pós-modernismo”, pode ler-se.
“Os Crucifixos não representam em particular apenas a Igreja Católica, mas todos os Cultos fundados na mesma Raiz que moldou a civilização europeia”, indica o Despacho.
Para o Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, “não há, assim, qualquer razão para a retirada dos mesmos Crucifixos das Escolas, pelo que determino a sua manutenção”.
Redacção/Jornal da Madeira