Da Paixão de Haydn à Piedade de Miguel Ângelo

Na conclusão do concerto em honra de Bento XVI, na Sala Clementina do Palácio Apostólico, ontem (dia 19 de Março) o Papa fez um breve discurso onde aproximou a Paixão de Haydn à Piedade de Miguel Ângelo que “trabalhando com o mármore conseguiu fazer falar esta matéria”.

“Quanto mais dura é a matéria e estreitos os laços, maior foi o génio criativo que se manifestou” – disse.

Nas duas obras de arte – para o Papa – encontra-se de facto uma expressão artística original mas dominada pelo acontecimento que apresenta. O resultado é uma beleza austera digna da solenidade de São José, uma composição idónea para o tempo da Quaresma, porque repropõe o mistério central da fé cristã testemunhando que se podem abraçar arte e fé com a inspiração directa dos textos evangélicos. Jesus doando-se plena e definitivamente – disse ainda Bento XVI – é a ultima palavra. O seu é um amor de tal maneira livre que não tem medo de se ligar para sempre. É esta a lei do amor e da arte.

Com Rádio Vaticano

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Agência ECCLESIA

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