Tráfico de órgãos continua a abalar Moçambique

O caso da rede de tráfico de órgãos a actuar em Moçambique conheceu hoje novos desenvolvimentos. O procurador-geral da República de Moçambique, Joaquim Madeira, declarou à Radio Renascença que as denúncias da Igreja Católica já levaram à primeira exumação dos corpos encontrados em Nampula. As investigações sobre estes alegados casos de tráfico de órgãos decorrem há cerca de dois meses em Nampula, após denúncia feita junto da Liga dos Direitos Humanos pela religiosa Elilda dos Santos. A rede de tráfico de órgãos poderá estar por detrás da morte de várias crianças, nos últimos meses. A missionária chegou a estar fechada com um grupo de crianças, durante alguns dias, no convento onde reside, receando pela sua vida. À Rádio Renascença confirmou que ainda sofre “ameaças de morte”, mas o Procurador Geral da República diz que está garantida a segurança da religiosa. As intimidações começaram quando a Ir. Elilda descobriu e denunciou uma série de assassinatos. Os corpos mutilados, a maioria de crianças, revelaram uma conexão com o tráfico internacional de órgãos. A religiosa brasileira, que levou o caso às autoridades, tem vindo a denunciar que a própria polícia é conivente com esta situação. “Em vez de se preocuparem em investigar a situação, as denúncias e procurar, pelo menos, dar uma respostas, a atitude das autoridades locais, neste momento, é de ameaçarem as vítimas”, assegura.

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