Missionários contra políticas repressivas na área da imigração

As políticas migratórias, dentro da União Europeia, têm vindo a degradar-se progressivamente. Esta é uma das conclusões da Assembleia Regional dos missionários Scalabrinianos da Europa e África do Sul, reunidos de 19 a 22 de Janeiro de 2004em Triuggio, Milão (Itália). Nesta assembleia esteve presente o Pe. Rui Pedro, director da Obra Católica Portuguesa de Migrações. Conhecidos pelo seu empenho de intervenção directa e de serviço na área das migrações, estes religiosos consideram que tais políticas, “de maneira especial debatidas e aprovadas nas últimas cimeiras de Chefes de Estado e de Governos”, se inspiram tendencialmente na imagem do imigrante como “potencial ameaça e perigo crescente para o bem-estar dos nossos países”. A União Europeia, acusam, “parte de medidas prevalentemente restritivas e repressivas como, entre outras, o encerramento das fronteiras externas (com a respectiva agência europeia para o reforço e militarização do controlo das mesmas) e o proclamado combate à imigração clandestina, mediante os consequentes processos de expulsão em massa”. No comunicado final do encontro, os missionários manifestam o receio de que as próximas Directivas europeias, com vista a regular em campo comunitário esta matéria, “assumam um tom extremamente pesado com a indiscriminada confusão de quem pede refugio com o imigrante irregular.” O documento termina com um apelo para a Ratificação da “Convenção da ONU para a Protecção dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes e membros das suas Famílias” de 18 de Dezembro de 1990, já solicitado ao longo do ano passado, especialmente em Itália e Portugal. Comunicado Final • Assembleia anual dos Missionários de S. Carlos

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