Uma visita do Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena, à localidade de Medjugorje – onde em 1981 um grupo de seis crianças começou a relatar aparições da Virgem Maria – está envolta em polémica.
O Bispo de Mostar-Duvno, responsável por esta localidade situada na Bósnia-Herzegovina, disse em comunicado que a visita do Cardeal Schönborn “juntou aos tormentos já existentes da Igreja local novos tormentos, que não contribuem para a sua indispensável paz e a sua unidade”.
D. Ratko Perić lamenta que a iniciativa do Arcebispo de Viena tenha dado a “impressão errada” de que estaríamos na presença do “reconhecimento da autenticidade das «aparições» de Medjugorje”.
O Cardeal Schönborn esteve na localidade de 28 de Dezembro a 1 de Janeiro. As aparições nunca foram oficialmente reconhecidas pela Igreja, nem a nível local nem a nível universal.
Já em 1985 o Cardeal Joseph Ratzinger, na altura Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé proibiu peregrinações oficiais de dioceses ou paróquias ao local, embora católicos ainda possam lá ir por sua iniciativa, se assim o desejarem.
Medjugorje continua a ser um local de peregrinação para centenas de milhares de católicos de todo o mundo.
Também em comunicado, o Arcebispo de Viena sublinha que a sua visita tinha um carácter “privado” e lembrou os “muitos frutos positivos” que nasceram nesta localidade.
D. Christoph Schönborn defende a necessidade de “desdramatizar” o fenómeno de Medjugorje e confessou-se “fascinado” pelo que viu na sua viagem.