Preocupações de Bento XVI centradas nas populações mais pobres
Bento XVI recordou este Domingo a Cimeira da ONU sobre as mudanças climáticas, que se hoje se inicia em Copenhaga, destacando a necessidade de uma acção concertada da comunidade internacional para fazer face ao fenómeno do “aquecimento global”, sem prejudicar as populações mais pobres nesse esforço.
Após a recitação do Angelus, na Praça de São Pedro, o Papa deixou votos de que “os trabalhos ajudem a encontrar acções respeitosas da criação e promotoras de um desenvolvimento solidário, fundados na dignidade da pessoa humana e orientada para o bem comum”.
“A salvaguarda da criação postula a adopção de estilos de vida sóbrios e responsáveis, sobretudo em relação aos pobres e às geração futuras”, prosseguiu.
Segundo Bento XVI, para garantir o pleno sucesso da Conferência, “todas as pessoas de boa vontade” devem “respeitar as leis colocadas por Deus na natureza e a redescobrir a dimensão moral da vida humana”.
Já em Agosto, Bento XVI enviava uma mensagem de apoio à Cimeira de Copenhaga, afirmando ser fundamental que “a comunidade internacional e cada governo enviem os sinais certos aos seus cidadãos e consigam travar as formas prejudiciais de tratar o ambiente”.
“Os diversos fenómenos de degradação ambiental e as calamidades naturais, que a comunicação social regista várias vezes, lembram a urgência do respeito pela natureza, recuperando e valorizando na vida de cada dia uma relação correcta com o ambiente”, disse.
Na Dinamarca, os líderes mundiais têm a oportunidade de entrar na história, por ocasião da maior conferência sobre Alterações Climáticas desde Quioto. Num dossier especial, a Agência ECCLESIA apresenta um olhar especial sobre o futuro do planeta e a defesa do ambiente, antecipando a Cimeira. Os ensinamentos do Papa surgem em lugar de destaque, acompanhados por conselhos da Quercus e um exemplo de boas práticas, o Santuário de Fátima, para além do compromisso ecológico da Igreja Católica na Europa.