O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), D. Antonio Maria Vegliò, pediu aos governos de todos os países que respeitem a disposição que proíbe o repatriamento de um “menor não acompanhado”.
O responsável falava na conferência de imprensa de apresentação da mensagem de Bento XVI a sua mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado, que a Igreja Católica celebrará a 17 de Janeiro de 2010, dedicada ao tema «Os migrantes e os refugiados menores».
Para o Arcebispo italiano, a protecção dada aos migrantes menores de idade que não estão acompanhados faz com que, em determinadas situações, “os pais e mesmo toda a família depositem as suas esperanças no êxito do menor que emigra, o que se transforma numa cara psicológica para a criança, que não os quer desiludir”.
Nesta situação, as crianças dispõem-se a “sofre injustiças, violência e maus-tratos para obter a autorização de permanência” e, no futuro, “ajudar a família de origem que tanto investiu” nelas, alertou D. Vegliò.
O presidente do CPPMI disse ainda que as causas que levam os menores a emigrar são similares às dos adultos: “Conflitos armados, étnicos ou religiosos, crises económicas e sociais, falta de perspectivas para o futuro”.