Cáritas de Gouveia propõe iniciativas de integração social

A Cáritas de Gouveia está a desenvolver um conjunto de projectos que pretende ocupar e integrar socialmente as pessoas que recorrem à sua ajuda.

Os responsáveis da instituição consideram que é cada vez mais urgente dispor de um espaço em que seja possível preparar uma refeição, ou pelo menos uma sopa, em que se possa oferecer cama e banho aos sem-abrigo e em que se possa tratar do vestuário.

As iniciativas pretendem criar ou recriar o gosto pelo trabalho, dar a entender o sentido da partilha, colocar em prática o lado pedagógico da caridade, preencher tempos livres e lutar contra o desânimo, o ócio e a pobreza.

Ultrapassar a dependência dos subsídios

Durante os quase dez anos de existência, a Cáritas de Gouveia constatou que a maior parte dos utentes pouco ou nada faz para sair da situação de carência em que se encontra, ficando dependente de subsídios.

Perante esta realidade, foi decidido abrir um atelier de fabricação de mantas de retalho, que serão expostas e vendidas num espaço cedido por uma papelaria. Os trabalhadores terão direito a uma percentagem sobre o preço de venda. O material necessário à produção será disponibilizado pela Cáritas.

O programa prevê a criação de uma horta comunitária, que funcionaria com utensílios agrícolas cedidos pela instituição. Os agricultores envolvidos no projecto teriam acesso aos alimentos, numa quantidade correspondente ao número de pessoas do agregado familiar.

A instituição quer também organizar um plano de hospedagem de emergência, para resolver casos de despejo, violência doméstica e acolhimento aos imigrantes.

Novas instalações

As instalações da Cáritas localizam-se na garagem da habitação paroquial. “Num espaço tão exíguo – explicam os responsáveis – é difícil conseguir uma arrumação e organização mínimas”.

“Assim, seria necessário conseguir uma casa para as iniciativas planeadas”, enquanto que para a horta é preciso “um pequeno terreno”, acrescentam.

A direcção da Cáritas de Gouveia entregou ao bispo diocesano, D. Manuel Felício, e à Fundação Nun’Álvares um documento em que se refere que a sede dessa instituição seria “ideal” para a execução dos projectos.

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