Vaticano nega pressões sobre Bispo chinês

A Congregação para a Evangelização dos Povos, do Vaticano, negou em comunicado de imprensa que tenha exercido qualquer pressão para que o Bispo chinês An Shuxin se registasse na Associação Patriótica Católica (APC), controlada por Pequim.

O organismo da Cúria Romana classifica como “afirmações desprovidas de qualquer fundamento” as notícias colocadas a circular nos últimos dias a respeito da Diocese de Baoding (Hebei).

As informações falavam da existência de uma carta da Santa Sé a respeito de uma celebração do Bispo coadjutor com um prelado da APC, que não é reconhecido pelo Vaticano.

A Congregação para a Evangelização dos Povos, responsável pelo acompanhamento do mundo missionário na Igreja Católica, nega ter autorizado tal celebração e desmente ter exercido qualquer pressão sobre D. An.

Em 1957, o governo chinês criou a Associação Patriótica Católica (APC), e constitui uma Igreja patriótica com Bispos eleitos pelo povo e consagrados pelos Bispos patrióticos, suspendendo assim qualquer comunicação com a Santa Sé.

A Igreja na China, a partir desse momento, ficou “dividida”. De um lado, a Igreja “patriótica”, guiada pela APC, ou seja, pelo governo comunista, rejeitando qualquer ligação com Roma. Por outro lado, a Igreja “clandestina”, formada pelos Bispos, sacerdotes, religiosos e leigos que não aceitaram a ruptura com o Papa.

Numa carta do Papa aos católicos chineses, datada de 30 de Junho de 2007, Bento XVI criticava as políticas restritivas da China, que “sufocam” a Igreja e dividem os fiéis entre o ateísmo oficial e um catolicismo “clandestino”. 

Departamento de informação da Fundação AIS

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