Bispo da Guarda quer Diocese com paróquias abertas

Jornadas Pastorais terminaram em clima de esperança

 “Pretendo uma renovação de mentalidades, em que as pessoas se abram à possibilidade de reorganizarmos a Diocese, com base em paróquias abertas, constituindo entre si redes que dão origem às unidades pastorais e também uma renovação de mentalidade que permita às pessoas verem que o ministério ordenado tem de ser conjugado com os outros ministérios não ordenados e variados”, referiu o Bispo da Guarda, no final das Jornadas Pastorais da Diocese da Guarda, que decorreram ste fim-de-semana eno Centro Apostólico D. João Oliveira Matos, na cidade da Guarda.

Em forma de balanço, D. Manuel Felício adiantou que é importante que “entre cada pároco e a sua equipa de agentes pastorais se estabeleça uma rede de oração, de formação permanente, de distribuição de responsabilidades, de pensar a pastoral em moldes novos e de levar para a frente projectos, ser capaz de se empenharem na sua realização e depois na sua revisão, isto com base numa espiritualidade forte e numa vontade de renovação da formação permanente na fé”.

De acordo com o Prelado da Guarda “este é o trampolim que nos permitirá um novo futuro, em que não é o pároco sozinho mas em que o pároco, com a sua equipa de agentes pastorais, pode relançar a pastoral na nossa diocese, para bem das comunidades cristãs e para bem da própria sociedade”.

Na abordagem do tema das unidades pastorais, o Padre Georgino Rocha, da Diocese de Aveiro, referiu que “ a Igreja tem de estar onde estão as pessoas” e “tem de se adaptar à sua linguagem”. Numa sociedade plural e marcada pela mobilidade humana, Georgino Rocha defendeu uma “nova reorganização da igreja” de forma a dar resposta às necessidades actuais.

Sobre o tema das “paróquias e unidades pastorais”, D. Manuel Felício referiu: “Ao falarmos tanto das paróquias que temos, como das unidades pastorais para as quais queremos progredir, temos de ter em consideração primeira os diferentes ministérios, bem articulados entre si e com o ministério ordenado do sacerdote que lhes preside”. E continuou: “sabemos que da saúde que conseguirmos imprimir neste corpo de ministérios diferenciados e bem articulados depende também a saúde das paróquias e das unidades pastorais”.

Para D. Manuel Felício, “o objectivo primeiro é viver a comunhão da Igreja para depois a fazer viver nas diferentes comunidades da fé” e, ainda “ajudar a nossa sociedade de hoje a corrigir o défice de fraternidade”.

Questionado sobre a reorganização das paróquias, D. Manuel Felício adiantou que “a paróquia é necessária mas insuficiente. É necessária a referência territorial, a referência de tradição. É insuficiente na medida em que há cada vez menos pessoas, menos crianças para a catequese”.

O Bispo da Guarda diz que “é necessário pensar a nossa missão em espaços mais largos de forma a valorizar os recursos existentes”.

Perante o grande número de participantes nas Jornadas (cerca de duzentos), D. Manuel Felício manifestou esperança numa reorganização proveitosa para toda a Diocese. “Mais do que o número de participantes, vejo aqui gente para mediar uma nova mentalidade em que temos de estar todos empenhados”, referiu o Bispo da Guarda. E acrescentou: “Vi que estas pessoas vieram aqui buscar motivação para ajudar a mudar a mentalidade na nossa Diocese”.

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