Teve início, no passado sábado (dia 8 de Agosto), a celebração do centenário de nascimento do Padre António Júlio Nogueira, que foi capelão da Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra durante cerca de trinta anos. Uma exposição, um concerto coral e uma eucaristia com Te Deum fazem parte do programa da celebração desta efeméride inserida no ‘Ano sacerdotal’.
A exposição, intitulada: ‘Padre Júlio – um sacerdote entre o povo… de Sesimbra, está patente, na Capela da Misericórdia de 8 a 23 de Agosto, e inclui fotografias de momentos de âmbito religioso e também objectos pessoais do senhor Padre Júlio (como popularmente era conhecido), entre os quais a condecoração municipal e pequenos artefactos de teor litúrgico/religioso. Para o efeito de difusão foi ainda elaborado um pequeno desdobrável biográfico do senhor Padre Júlio.
O Padre António Júlio Nogueira nasceu a 16 de Agosto de 1909, em Penha Longa, concelho de Marco de Canavezes, no distrito e diocese do Porto.
Em 7 de Outubro de 1929 ingressou no Seminário de Évora e recebeu o presbiterado na Igreja de Santo Antão, Évora, a 2 de Julho de 1939, das mãos do Senhor Arcebispo D. Manuel da Conceição Santos.
Em Outubro desse ano, foi nomeado Capelão do Hospital de Évora, ecónomo e professor no Colégio Nuno Álvares, acumulando ainda o cargo de Mestre-de-cerimónias da Sé de Évora.
Em 14 de Janeiro de 1945, deixou as actividades que vinha exercendo na cidade e foi nomeado Pároco da freguesia e Vila de Monsaraz. Aqui se manteve até que veio para a Diocese de Setúbal, já então separada do Patriarcado de Lisboa, e foi nomeado Capelão da Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra e do Hospital, em 1 de Outubro de 1970… até finais de Julho de 1999. Foram quase trinta anos de dedicação ao povo de Sesimbra, sobretudo aos mais pobres e marginalizados da sociedade… mesmo de uma forma pouco ou nada visível ou visualizada.
Por conveniência pastoral foi assistente dos escuteiros, numa época difícil na vida da Paróquia de Santiago.
O Padre Júlio veio a falecer, repentinamente, no dia 20 de Maio de 2000, tendo presidido ao funeral o Bispo de Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis e concelebrado o Arcebispo de Évora, D. Maurílio de Gouveia.
O senhor Padre Júlio foi a sepultar na sua terra natal…
No contexto do «ano sacerdotal» será sempre benéfico olharmos para padres que nos comunicaram Deus e que devem ser lembrados por gratidão e memória.
A. Sílvio Couto
