Irmão Alois pede transformação do mundo

O Irmão Alois, prior da comunidade de Taizé, deixou na noite desta Quinta-feira, um forte apelo para a transformação do mundo. Dirigindo-se a quase 4 mil pessoas sentadas na igreja da Ressurreição, o Irmão Alois apontou a necessidade de “consentir a realidade”.

“Consintamos o que somos ou o que não somos, mesmo ao ponto de sermos o que não escolhemos. Ousemos criar a partir do que não é perfeito”.

Num apelo dirigido aos jovens que conhecem o bem e o mal, o prior de Taizé pediu para não desanimarem com as ambivalências, mas perguntarem se “a fé ilumina a vida e transforma o mundo”. Recordando que “Jesus sabia que o mundo não estava preparado para receber Deus, mesmo assim ele disse que Deus já estava presente na realidade”, afirmou, encorajando os presentes.

Todas as Quintas-feiras, depois da oração da noite, o Irmão Alois, faz uma oração dirigida a todas as pessoas presentes na igreja da Reconciliação. Perante a realidade da sociedade, que vê a mensagem cristã como contra corrente, o Irmão Alois lembra que as “grandes transformações acontecem no silêncio e levam tempo a acontecer”.

“A fé em Cristo significa acreditar que apesar dos obstáculos a ressurreição já começou. Depois da ressurreição Jesus Cristo envia-nos a ensinar a Boa Nova”.

Segundo o prior de Taizé a fé não diz apenas respeito ao espaço religioso “da nossa própria fé”. O Irmão Alois afirmou ser “preciso procurar Deus em todos os lugares mesmo os que não têm uma ligação directa com a religião. A fé pode tomar todas as dimensões da nossa vida”.

“Como a Boa Nova de Cristo é para toda a criação, a arte, a técnica, a política podem ser um serviço a Deus”.

O Irmão Alois pediu ainda uma conversão interior, pois “não podemos transformar o mundo se não começarmos por nós. Não podemos transformar o exterior sem a paz interior”.

Recordando o Irmão Roger, o actual prior de Taizé disse não haver “nada mais importante do que rezar. Não nos podemos dar a nós a paz interior, podemos sim reconhecer que temos tudo o que precisamos para transformar o mundo”.

No final da oração algumas crianças distribuíram flores simbolizando os países que esta semana estão presentes em Taizé.

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