«Hoje começa para vós um novo tempo: não de tranquilidade, mas de saída, de proximidade, de missão», afirmou D. Rui Valério
Lisboa, 01 dez 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa presidiu este domingo à ordenação de um sacerdote e 13 diáconos, um “momento jubiloso” que corresponde a um tempo novo, “de saída, de proximidade, de missão”.
“Começa para vós um novo tempo: não de tranquilidade, mas de saída, de proximidade, de missão”, afirmou D. Rui Valério, na homilia da Missa, na Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora.
Na tarde de domingo, foi um ordenado um padre do Patriarcado de Lisboa, 8 diáconos que se preparam para a ordenação sacerdotal, em formação no Seminário dos Olivais, e cinco diáconos permanentes.
A ordenação não é um ponto de chegada, mas uma Páscoa de partida, para que vos curvais a lavar os pés sujos e feridos da humanidade, necessitada de paz, de amor e de sentido”.
Na homilia da Missa, D. Rui Valério lembrou que o mundo tem “sede de sentido” e desafiou o novo padre e os novos diáconos a acompanhar “famílias, jovens, idosos, doentes”.
“A Igreja precisa de ministros que sejam sinais vivos da vinda de Cristo no meio da história: ministros que se gastem pelos pobres, que curem feridas humanas, que acompanhem famílias, jovens, idosos, doentes; ministros que se deixem encontrar cada dia pelo amor de Cristo e levem esse amor aos outros”, afirmou.
No coração da comunidade celebrante ressoa sempre a fome silenciosa de tantos que buscam Deus sem o saber, que sentem sede de sentido e, no entanto, não reconhecem ainda a fonte. A celebração do mistério pascal nunca nos fecha num círculo intimista.”
O patriarca de Lisboa lembrou os ordinandos que o dia não significava apenas “receber uma missão externa”, mas “deixar Cristo modelar a vida por dentro”.
“Ninguém é padre ou diácono para si mesmo, mas porque Deus chama e para o serviço do Povo de Deus. Nunca esqueçais isto: sois padre e diáconos em diálogo, em caminho conjunto, com Deus e com os irmãos”, sublinhou.
D. Rui Valério disse ao novo sacerdote e aos novos diáconos que são enviados “a anunciar o Evangelho com coragem”, “a quebrar as cadeias do egoísmo com o serviço”, “a tratar cada pessoa como tesouro sagrado”, “a tornar visível, pelas vossas vidas, que Deus está próximo e vem para salvar”.
A celebração aconteceu no I Domingo do Advento, tempo de preparação para o Natal, no calendário litúrgico da Igreja Católica.
“Celebramos este momento maravilhoso já na reta final do Jubileu, mas ainda em plena luz jubilar da Esperança, tempo de graça para toda a Igreja. O Advento recorda-nos que não caminhamos para o vazio, mas para o encontro com Alguém”, indicou o patriarca de Lisboa.
PR